FESTIVAL SESC DE INVERNO ‘A vida não é justa’, com Emiliano Queiroz e Léa Garcia, tem sessões em Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis neste fim de semana
Depois de virar quadro no Fantástico, livro de magistrada inspira peça de teatro que circula pela Região Serrana neste fim de semana. Espetáculo foi sucesso de público e crítica na estreia no Sesc Copacabana e em circuito pelo estado do Rio.
RIO DE JANEIRO - Depois de estrear com grande sucesso de público e crítica no Sesc Copacabana e circular pelas unidades da instituição na Tijuca, em São Gonçalo, São João de Meriti, Nova Iguaçu e Barra Mansa, o espetáculo “A vida não é justa” desembarca na Região Serrana durante o Festival Sesc de Inverno. Estrelada pelos atores Emiliano Queiroz e Léa Garcia, a peça terá sessões nesta quinta, sexta e sábado (21, 22 e 23/7) em Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, respectivamente. Mais detalhes sobre os locais, horários e venda de ingressos estão disponíveis em www.festivalsescdeinverno.com.br.
“A vida não é justa” é uma adaptação para o teatral do livro homônimo da juíza Andréa Pachá, lançado em 2012. Idealizado pelo produtor Eduardo Barata, o projeto ganhou dramaturgia de Delson Antunes e direção de Tonico Pereira. Além de Emiliano e Léa, o elenco é composto por Lorena da Silva, Bruno Quixotte, Duda Barata, Marta Paret e Rafael Sardão.
"Me senti muito prestigiado com o convite do Barata. É um enorme prazer trabalhar com atores do gabarito do Emiliano e da dona Léa, eles sabem mais do que eu! Basta segui-los que eu sei que dará tudo certo, tamanha sensibilidade e experiência”, revela Tonico Pereira.
A Justiça será acionada como tema central do espetáculo, com a função de solucionar conflitos, mas também de lembrar que “a felicidade não é um direito, muito menos uma obrigação. Compreender nossa humanidade nos faz mais responsáveis pelo nosso destino”, nas palavras da autora.
“A gente pode viver grandes guerras, pode viver grandes hecatombes, mas no final o que define a nossa vida são essas pequenas questões que acontecem entre o nascimento e a morte. Como é que a gente ama, como é que a gente se relaciona, como é que a gente lida com a perda? Essas questões são as questões que me interessam, e que nos interessam como humanidade, interessam para o teatro. E é por isso que conflitos, aparentemente tão banais, acabam despertando tanto interesse, porque eles falam de quem nós somos”, afirma a escritora Andréa Pachá.
Em 2016, o livro composto por 35 contos foi adaptado para a televisão e apresentado em um quadro no Fantástico, com Glória Pires interpretando a juíza. Para a versão teatral foram escolhidas 8 histórias, além do prólogo: Casamento não é emprego; Quem cuida dele?; Tem coisa que não se pergunta; Molhadinha 25; O que os olhos não veem; Sagrado é um samba de amor; Mas eu amo aquele homem…; Reconciliação.
“O trabalho de dramaturgia do Delson Antunes é de sintonia fina com a Pachá, e para nós realizadores práticos, atores, diretor, não foi difícil captar o que eles queriam transmitir com o texto”, explica Tonico.
Mais sobre Léa Garcia
Completando 70 anos de carreira, Léa Garcia é a única atriz brasileira a ter trabalhado num filme que recebeu um Oscar. A dama do teatro e da história da dramaturgia brasileira coleciona mais de 80 trabalhos no cinema, televisão e teatro. O longa de produção francesa “Orfeu Negro” (1959), vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro, contou com músicas inéditas de Tom Jobim. Léa também participou do espetáculo que deu origem ao filme, “Orfeu da Conceição” (1956), de Vinícius de Moraes, que estreou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro com cenário de Oscar Niemeyer.
Mais sobre Emiliano Queiroz
Emiliano Queiroz começou aos 14 anos, no rádio. Aos 17 pegou carona num caminhão e foi do Ceará para São Paulo, onde chegou a fazer pequenos papéis em peças como O Pagador de Promessas, de Dias Gomes, no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Lenda da era do rádio e veterano do teatro, da TV e do cinema, o ator completa 70 anos desde sua estreia nos palcos, e conta com mais de 120 personagens interpretados. Emiliano recebeu com alegria o convite de Eduardo Barata para participar da peça. “Precisava me exercitar. Não gosto de me sentir enferrujado. Foram dois anos que fiquei parado pela pandemia”, diz o ator.
SERVIÇO
“A vida não é justa”
Ingressos: R$ 10 (público em geral), R$ 5 (meia-entrada) e grátis (Credencial Sesc)
Venda: bilheteria dos teatros (veja endereços abaixo)
Classificação: 14 anos
Dia 21/7 - 20h
Sesc Nova Friburgo: Av. Pres. Costa e Silva 231 - Centro
22/7 - 20h
Sesc Quitandinha (Petrópolis): Rua Joaquim Rolla 2 – Quitandinha
23/7 - 19h30
Sesc Teresópolis: Av Delfim Moreira 749 – Várzea
Fonte: Sesc RJ / Wando Soares