Videoendoscopia em animais: estudantes de Medicina Veterinária do UNIFESO acompanham tecnologia inovadora
A videocirurgia, um recurso de ponta muito utilizado pela Medicina, oferece melhorias nas técnicas empregadas também em animais, já que permite um procedimento minimamente invasivo e mais conforto na recuperação do pós-operatório do paciente. Segundo o professor Fernando Luiz Fernandes Mendes, responsável pelas disciplinas Cirurgia Veterinária e Técnica em Cirurgia e Anestesiologia, o Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO) está entre as poucas instituições do país que disponibilizam esta tecnologia para estudantes de graduação em Medicina Veterinária, oportunizando um aprimoramento através do treino prático na utilização da videocirurgia e qualificando profissionais diferenciados e mais bem preparados para o mercado de trabalho.
Procedimento inédito na região
A videocirurgia em cães é um procedimento inédito na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, realizado através do curso de pós-graduação em Videoendoscopia Ginecológica – Laparoscopia & Histeroscopia, iniciado em janeiro deste ano, que dispõe de equipamentos de tecnologia de ponta. Os futuros médicos veterinários do UNIFESO têm participado da pós acompanhando a anestesia em suínos, o que não é corriqueiro na formação, e observado procedimentos de castração em cães com a finalidade de concluir estudos científicos. Antes de participarem dos procedimentos eles fazem treinamentos de simulação para aprender a técnica e identificar as dificuldades.
O professor Fernando, que é aluno da pós, conta que o curso já disponibilizou vagas para médicos veterinários na próxima turma e mais profissionais do UNIFESO envolvidos nesta área irão participar. “Para realizar a videocirurgia é necessário ter uma equipe especializada e a intenção é montar a nossa”, adiantou o professor, lembrando que a ideia é oferecer futuramente o serviço para a população na Clínica-Escola de Medicina Veterinária.
Casos serão objetos de estudo
O trabalho desenvolvido com a videoendoscopia em animais despertou em dois formandos o interesse em desenvolver trabalhos de conclusão de curso sobre o assunto. Douglas Carvalho Fonseca vai apresentar um relato de caso sobre um cão que apresenta a condição criptorquidia (retenção do testículo na cavidade abdominal que não desce para o escroto). “O tratamento indicado é a cirurgia e vamos realizar este procedimento por videocirurgia na Clínica-Escola junto aos professores do curso”, adiantou o estudante.
Outro acadêmico que se interessou pelo assunto foi León Fontaine. Com o trabalho intitulado “Ovario-salpingo-histerectomia (OSH): estudo comparativo entre a técnica tradicional e a videolaparoscópica, através da dor, em cadelas”, ele visa avaliar a dor no trans-operatório e no pós-operatório dos procedimentos de OSH videolaparoscópica e OSH com o método tradicional. “A dor será avaliada através de uma escala subjetiva da Universidade de Melbourne, considerada fidedigna para avaliação em cães. Serão castradas doze cadelas, sendo seis pelo método tradicional e seis pela videolaparoscópico”, detalhou Léon. Para ele, a “videocirurgia vem ganhando espaço no cenário da clínica cirúrgica e diagnóstica veterinária, propiciando procedimentos menos invasivos e mais precisos. É uma técnica bem disseminada na medicina humana e com grande potencial na medicina veterinária”, avaliou.
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