Amor e Saúde é tema de Café Filosófico com estudantes do UNIFESO
No dia 24 de junho o Centro Cultural FESO Pro Arte (CCFP) promoveu o II Café Filosófico, com o tema “Amor e Saúde”. O encontro aconteceu no Campus Quinta do Paraíso do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO), na Prata, reunindo estudantes e professores do curso de Fisioterapia. Para debater o tema foram convidados os professores Joaquim Humberto, do curso de Direito do UNIFESO; Eveline Miranda, do curso de Filosofia do Centro Cultural; Mariana Beatriz Arcuri, Diretora do Centro de Ciências da Saúde (CCS); e Andréa Serra Graniço, coordenadora do curso de Fisioterapia, com mediação da professora Michelle Bronstein, coordenadora da Centro Cultural.
Para justificar o tema, o professor Joaquim considerou que “a sociedade tem um cotidiano para as pessoas que estão com saúde, como acordar, escovar os dentes, ir estudar, enfim, uma rotina que pressupõe um funcionamento saudável, mas quando as pessoas estão adoecidas saem desse cotidiano. Como falo da área da Filosofia, a saúde tem esse comprometimento de ser uma representação social, ela é muito mais do que uma identificação de sinais, tem uma interação com a sociedade.
“O cuidado que nossos pacientes não têm em casa muitas vezes eles procuram no profissional de saúde. E frequentemente executamos nosso trabalho de forma tão automática que não paramos para pensar no indivíduo como um todo. Por isso a importância de termos esse momento de reflexão”, avaliou a professora Andrea Graniço.
A estudante Daniela Portela destacou a importância da relação de confiança entre profissionais e pacientes. “Às vezes em uma sessão formulamos um plano de tratamento, mas o que o paciente quer é ser ouvido para que ele saia melhor. Ele precisa de alguém que escute os problemas pelos quais ele está passando em casa, em relação sua dor e o que isso trouxe a ele. Então percebemos que o amor está muito envolvido com a área da saúde”.
Para a professora Eveline Miranda, a fala de Daniela “faz pensar que quando escolhemos uma área da saúde temos que nos perguntar se estamos inseridos em uma lógica em que temos que produzir incansavelmente, e se com isso o trabalho afetivo e humanizado fica em segundo plano. Faz toda a diferença para o profissional não se ocupar apenas da doença, mas do sujeito que a fala”.
A professora Mariana Arcuri adiantou que vai planejar um curso de extensão que trate questões dentro dessa temática, como a maneira em que o profissional de saúde se envolve com a dor do paciente. “Quanto mais cedo discutirmos as expectativas e as aflições que os estudantes venham a ter depois de formados é melhor, pois vivenciar essa realidade pode ser muito difícil”. Ela aproveitou para fazer um apelo aos estudantes, pedindo para sempre valorizarem e considerarem as queixas dos seus pacientes. “Partam do princípio de que a dor do outro é sempre verdadeira, não importa se está no corpo ou na alma, talvez no primeiro encontro o profissional nem saberá de onde vem essa dor”, alertou.
Fonte:Unifeso Jornalismo
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