‘A marca da água’, aclamado espetáculo da Companhia Armazém, será encenado no Sesc Teresópolis dia 13/9-Montagem apresentada na Escócia e no Uruguai rendeu o Prêmio Shell aos autores Paulo de Moraes e Maurício Arruda Mendonça
Uma narrativa fascinante – elogiada por alguns dos principais críticos de teatro do país – amparada em uma cenografia peculiar, cujo principal elemento é uma piscina de 3 mil litros de água no centro do palco. Assim é a peça “A marca da água”, mais uma no rico portifólio da Companhia Armazém, do Rio Janeiro, que será encenada no dia 13/9, sexta-feira, no Sesc Teresópolis. Os ingressos para o espetáculo, que tem início às 21h, têm preços populares variando de R$ 3 (associados Sesc) a R$ 12.
Com fortes elementos surrealistas e poéticos, a peça aborda a vida de Laura, 40 anos, que vive numa aparente placidez, uma espécie de tristeza cotidiana, até que um peixe enorme aparece misteriosamente no seu jardim. O fato desencadeia lembranças antigas e também os sintomas de um acidente neurológico sofrido na infância. Podendo optar em se curar ou permanecer com os sintomas, a personagem principal, vivida por Patrícia Selonk, escolhe a segunda opção. O que se segue é uma tentativa de Laura materializar o som constante que ouve dentro de sua cabeça, como uma forma de afirmar-se viva e potente. A história se desenrola com performances em torno e dentro da piscina, com os atores usando figurino confeccionado com materiais à prova d’água.
- No livro Musicophilia, Oliver Sacks já estudava e descrevia uma série de surpreendentes distúrbios neurológicos ligados à música. Já surpreendia mostrando como de um trauma poderia surgir a beleza, como na história do homem que, depois de sofrer uma descarga elétrica provocada por um raio que cai próximo de seu corpo, e sem nunca ter estudado música, torna-se um virtuoso pianista – justifica o diretor e autor Paulo de Moraes.
A peça foi apresentada em agosto no maior festival de teatro do mundo – o Edinburgh Festival Fringe, na capital escocesa –, ocasião em que recebeu o prêmio Fringe First Award, concedido pelo The Scotsman, o mais influente jornal do país. A montagem foi elogiada também pelo New York Times, que a considerou "emocionante e lindamente encenada”. Em maio, a companhia encenou o espetáculo no Teatro Solis, em Montevidéu, Uruguai. No Brasil, a peça circulou por Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Itabira (MG).
A inovação na linguagem cênica de “A marca da água” – característica presente em outras peças encenadas pela companhia, como “Toda nudez será castigada” e “A inveja dos anjos” – rendeu a Maurício Arruda Mendonça e Paulo Moraes o Prêmio Shell na categoria “Autor”. Patrícia Selonk e Paulo de Moraes foram indicados ao mesmo prêmio nas categorias “Atriz” e “Cenário”, respectivamente.
Dia 13/9/2013 (sexta-feira), às 21h
Sesc Teresópolis: Av. Delfim Moreira, 749
Telefone: (21) 2743-6939
Ingressos: R$ 3 (associados Sesc Rio), 6 (estudantes, jovens de até 21 anos e maiores e 60 anos) e R$ 12 (inteira)
Classificação etária: 16 anos
FICHA TÉCNICA
Elenco: Patrícia Selonk, Ricardo Martins, Marcos Martins, Marcelo Guerra e Lisa E. Fávero
Direção: Paulo de Moraes
Dramaturgia: Maurício Arruda Mendonça e Paulo de Moraes
Direção Musical: Ricco Viana
Cenografia: Paulo de Moraes
Iluminação: Maneco Quinderé
Figurinos: Rita Murtinho
Videografismo: Rico e Renato Vilarouca
Preparação Corporal: Patrícia Selonk e Laura Noronha
Projeto Gráfico: Alexandre de Castro e Jopa Moraes
Produção Executiva: Flávia Menezes
Produção: Armazém Companhia de Teatro
Foto:divulgação
Fonte:Assessoria de Imprensa Sesc Rio
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